COE do Itaú cobra suspensão das demissões e transparência do banco
- admsindicatobancar
- 12 de set.
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Representantes dos trabalhadores exigirão do Itaú explicações sobre as demissões e a suspensão imediata das dispensas

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reunirá com o banco na segunda-feira (15) para tratar das mais de 1.000 demissões ocorridas nesta semana.
Na oportunidade, a COE do Itaú cobrará do banco explicações sobre como foram conduzidas as demissões e reivindicará a suspensão imediata das dispensas.
Em nota, a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) manifestou-se contra as demissões e divulgou carta de repúdio à decisão do Itaú.
NOTA DE REPÚDIO
A Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul repudia veementemente as recentes dispensas realizadas pelo Banco Itaú sob a justificativa de “baixa aderência ao home office”, baseada em monitoramento de máquinas corporativas nos últimos seis meses.
O critério adotado é questionável e não reflete a realidade do trabalho remoto, que envolve fatores como falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga de tarefas e a própria dinâmica de organização das equipes.
A forma como as demissões ocorreram agrava ainda mais o cenário: foram feitas de maneira unilateral, sem transparência e sem respeito ao princípio do diálogo. Não houve advertência, feedback ou oportunidade de defesa para os trabalhadores, configurando uma prática autoritária e desrespeitosa.
O uso de tecnologias e ferramentas de Inteligência Artificial não pode ser convertido em mecanismo de vigilância permanente, pautado por métricas incapazes de medir a complexidade e a qualidade do trabalho humano. Essa prática gera insegurança, intensifica a pressão psicológica e contribui para o adoecimento mental da categoria.
A Feeb SP/MS alerta para a necessidade de mobilização dos bancários e bancárias. É fundamental acompanhar as mudanças tecnológicas e valorizar o processo negocial coletivo para impor limites à hipervigilância. Em 2026, a Convenção Coletiva de Trabalho será renovada, e esse será um momento decisivo para debater formas de proteção contra práticas abusivas e seus impactos sobre a saúde e a dignidade da categoria.
Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul




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