Grandes bancos começam a divulgar resultados do primeiro trimestre
- admsindicatobancar
- 25 de abr. de 2022
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Bancões devem registrar aumento da inadimplência no primeiro trimestre de 2022, mas os lucros bilionários estão garantidos
Nesta semana começa a divulgação de resultados dos grandes bancos brasileiros no primeiro trimestre de 2022, em meio a expectativas dos primeiros sinais sobre se as instituições estão no caminho para cumprir as metas estabelecidas para o ano.

O Santander Brasil (SANB11) inaugura a safra de balanços amanhã (26), antes da abertura do mercado. Na semana que vem, o Bradesco (BBDC4) divulga os resultados no dia 5 e, na próxima semana, Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) publicam os números nos dias 9 e 11, respectivamente.
Como os três primeiros meses do ano são geralmente mais fracos, o mercado não tem grandes expectativas para os resultados desse período. Porém, algo que pode chamar atenção no lado negativo é o aumento da inadimplência tanto da pessoa física quanto da jurídica.
De acordo com os dados mais recentes da Serasa Experian, o número de pessoas com o nome sujo chegou a 65,2 milhões em fevereiro. Isso representa alta de 1,2 milhão só nos dois primeiros meses de 2022.
Além disso, o percentual de famílias que têm dívidas a vencer chegou a 77,5% em março, a maior proporção da história da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, conduzida pela CNC (Confederação Nacional do Comércio). Há um ano, o índice estava em 67,3%, ou seja, 10,3 pontos abaixo do atual.
Um dos segmentos com maior peso no Ibovespa, os bancos estão acumulando alta na bolsa nos últimos meses.
De acordo com o Goldman Sachs, as ações dos bancos brasileiros tiveram desempenho melhor que a de seus pares latino-americanos, os quais, de maneira geral, estão operando abaixo da média histórica.
O Banco do Brasil se destaca com alta de 22% nos papéis e, ainda assim, o Goldman Sachs vê o papel depreciado.
O otimismo com os bancos acontece devido à alta global de juros, que costuma favorecer os resultados das instituições financeiras. No Brasil, a Selic subiu de 2,75% ao ano para 11,75% nos últimos 12 meses.
Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) iniciou o ciclo de aperto monetário no mês passado, elevando os juros para um intervalo entre 0,25 e 0,5%, a primeira alta desde 2018. E, por lá, vários dirigentes do Fed têm se mostrado abertos a uma alta de 0,50 ponto percentual na reunião de maio.
Com exceção do Santander, os analistas têm majoritariamente recomendação da compra para as ações dos grandes bancos. Mas o preferido em número de indicações positivas é o Bradesco (BBDC4).
Ainda que haja expectativa de piora da inadimplência, analistas esperam que os balanços dos bancos no primeiro trimestre mostrem rentabilidade estável.
De acordo com o Goldman Sachs, os spreads devem continuar fortes ao mesmo tempo que o custo de risco está sob controle. O UBS BB vai na mesma toada e prevê expansão dos lucros para a maioria dos bancos que cobre.
Fonte: seu dinheiro




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