Sindicatos protestam em Sorocaba contra terceirização e precarização promovidas pelo Santander
- admsindicatobancar
- 25 de abr.
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Na manhã desta quinta-feira, 24 de abril, a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), em parceria com os Sindicatos dos Bancários de Sorocaba, Campinas, Piracicaba e Rio Claro, realizou um protesto em frente à empresa Pulse – prestadora de serviços terceirizados do Santander – no centro de Sorocaba. A manifestação teve como objetivo denunciar a crescente precarização promovida pelo banco por meio da terceirização de atividades típicas da categoria bancária.
O ato foi organizado pelo Sindicato dos Bancários de Sorocaba e contou com a participação de diversos dirigentes sindicais que dialogaram com os trabalhadores da unidade, levando informações sobre seus direitos e os impactos negativos da terceirização no setor financeiro.
Júlio César Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e anfitrião do ato, destacou:“A luta é por dignidade, respeito e justiça para todos os trabalhadores que contribuem com o sistema bancário brasileiro. É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda tenhamos trabalhadores realizando funções de bancários recebendo apenas um salário mínimo e sem acesso aos direitos da categoria.”
A mobilização acontece em um contexto de transformação acelerada no setor bancário. Dados do Dieese apontam que, entre 2019 e 2023, mais de 27 mil postos de trabalho bancário foram fechados no país. No mesmo período, o Santander ampliou seu quadro funcional para 55,6 mil empregados, com grande parte formada por terceirizados que atuam em empresas como a Pulse. Esses trabalhadores, apesar de executarem tarefas típicas de bancários, não têm garantidos os direitos previstos na convenção coletiva da categoria.
Ana Stela Alves de Lima, vice-presidente da Feeb SP/MS e bancária do Santander, esteve presente na mobilização e reforçou a importância do ato:“Embora executem trabalho de bancários, esses funcionários não têm a representação da nossa categoria. É injusto que o banco não os trate com o mesmo respeito. Esta mobilização não é ofensiva; é um recado claro de que não estamos satisfeitos e vamos lutar, como sempre fizemos, pelos direitos de todos os trabalhadores.”
Os sindicatos exigem que o Santander reconheça os trabalhadores da Pulse como bancários, garantindo-lhes todos os direitos trabalhistas e sindicais da categoria. O ato também alertou a sociedade sobre os impactos sociais e econômicos da terceirização desenfreada, especialmente em um setor que segue registrando lucros bilionários — como os R$ 13,87 bilhões contabilizados pelo banco no último período, mesmo com o fechamento de 272 agências físicas.
A Feeb SP/MS seguirá atenta e mobilizada, defendendo condições dignas de trabalho, valorização profissional e respeito aos direitos da categoria bancária.



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